Salve, cambada.
Mallow na area abrindo um especial de Lendas, falaremos em algumas semanas sobre as lendas do folclóre brasileiro, e eu como quis assim, começarei pela lenda do boto cor de rosa. Tá certo que muita gente conhece a lenda, mas aqui há informações que nem eu mesmo sabia e achei interessante.
Bom, chega de laia laia e vamos lá. Boa Leitura.
A Lenda do boto cor de rosa tem como origem a região Norte
do Brasil, mais especificamente a região amazônica. Ainda nos tempos atuais é
muito popular e por esta causa acabou fazendo parte do nosso folcore
brasileiro.
A Lenda
Esta lenda tem sua origem no boto-cor-de-rosa, um mamífero
muito semelhante ao golfinho, que habita a bacia do rio Amazonas, e também pode
ser encontrado em países, tais como: Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela. As
diferenças básicas são as seguintes: o golfinho vive no mar, e o boto vive em
água doce; o golfinho tem cor acinzentada e o boto pode ser acinzentado, preto
ou possuir cor avermelhada.
O Verdadeiro boto cor de rosa |
História
Durante as festas juninas, quando são comemorados os
aniversários de São João, Santo Antonio e São Pedro, a população ribeirinha da
região amazônica celebra estas festas dançando quadrilha, soltando fogos de
artifício, fazendo fogueiras e degustando alimentos típicos da região. Reza a
lenda que é quando o boto-cor-de-rosa sai do rio transformando-se em um jovem
elegante e belo, beberrão e bom dançarino, muito bem vestido trajando roupas,
chapéu e calçados brancos.
O chapéu é utilizado para ocultar, já que a transformação não é completa, um grande orifício no alto da cabeça, feito para o boto respirar. É graças a este fato que, durante as festividades de junho, quando aparece um rapaz usando chapéu, as pessoas lhe pedem para que ele o retire no intuito de se certificarem de que não é o boto que ali está.
O chapéu é utilizado para ocultar, já que a transformação não é completa, um grande orifício no alto da cabeça, feito para o boto respirar. É graças a este fato que, durante as festividades de junho, quando aparece um rapaz usando chapéu, as pessoas lhe pedem para que ele o retire no intuito de se certificarem de que não é o boto que ali está.
A tradição amazônica diz que o boto carrega um espada presa
ao seu cinto, mas que, no fim da madrugada, quando é chegada a hora de ele
voltar ao leito do rio, é possível observar que todos seus acessórios são, na
verdade, outros habitantes do rio. A espada é um poraquê (peixe-elétrico), o
chapéu é uma arraia e, finalmente, o cinto e os sapatos são outros dois
diferentes tipos de peixes.
Muito atraente e com um belo porte físico, o boto sai pelas
comunidades próximas ao rio, encanta e seduz a moça mais bonita. Este desconhecido e atraente rapaz conquista com facilidade
a mais bela e desacompanhada jovem que cruzar seu caminho e, em seguida, dança
com ela a noite toda, a seduz, a guia até o fundo do rio, onde, por vezes, a
engravida e a abandona. Depois de engravidá-la, ele volta para o rio. Por isso, as jovens eram alertadas por mulheres mais
velhas para terem cuidado com os galanteios de homens muito bonitos durante as
festas, tudo pra evitar ser seduzida pelo infalível boto e a possibilidade de
tornar-se, por exemplo, uma mãe solteira e, assim, virar motivo de fofocas ou
zombarias.
O boto ou Uauiara, também é conhecido por ser uma espécie de
protetor das mulheres, em situações onde embarcações naufragam. Muitas pessoas dizem que,
em tais circunstâncias, o boto aparece empurrando as mulheres para as margens do
rio a fim de evitar que elas se afoguem, as intenções disso até hoje não são
muito conhecidas...
Assim sendo, na região norte do Brasil, quando as pessoas
desejam justificar a geração de um filho fora do casamento, ou um filho do qual
não se conhece o pai, é comum ouvir que a criança é filha do boto. Por esse fato, as
pessoas que vivem em comunidades próximas aos rios onde habitam os botos
cor-de-rosa o comem acreditando que ficarão enfeitiçadas por ele pelo resto da
vida. Acredita-se também que algumas pessoas que comem a carne do boto ficam
loucas.
Cultura popular
Na cultura popular, a lenda do boto era usada
para justificar a ocorrência de uma gravidez fora do casamento. Ainda nos dias
atuais, principalmente na região amazônica, costuma-se dizer que uma criança é
filha do boto quando não se sabe quem é o pai.
No cinema
- A lenda do boto foi transformada num filme em
1987. Com o título de "Ele, o boto", o filme tem no elenco Carlos Alberto
Riccelli, Cássia Kiss e Ney Latorraca. A direção é de Walter Lima Junior.
Acredita-se que nas noites de lua cheia, próximas da
comemoração da festa junina, o boto cor-de-rosa sai do Rio Amazonas,
transforma-se em metade homem e continua em condição de boto na outra metade do
corpo.
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